terça-feira, setembro 06, 2005

Frágil beleza


Abelha, originally uploaded by emburaman.

Muitas vezes deixamos a correria do dia-a-dia tirar-no o privilégio de ver algumas sutilezas da vida.

Preciso parar. Preciso não só ver, mas olhar, observar, apreciar tudo o que está ao redor. Há uma inquietante beleza a ser descoberta no meio do cotidiano.

Baobá


Baobá, originally uploaded by emburaman.

[Estou revivendo esse Blog, agora colocando fotos também]

Esta árvore chama-se Baobá, é uma árvore típica da África. Essa aí está em frente a uma capela (hoje museu da escravatura de Angola) em Luanda na Angola.

É triste imaginar que daquele ponto saíram os escravos trazidos para o Brasil. Anos após anos o comércio escravagista marcou aquele lugar com sangue e muitas lágrimas.

Paje Ya 'Nghana Zambi, 'Ngola!!

segunda-feira, setembro 05, 2005

Bem feito??

"Comunicamos às pessoas que esta cidade foi destruida. Ela foi completamente destruída." - Warren Ridley, chefe de polícia de Nova Orleans.

Quanto vejo essas notícias nos jornais, na internet e nos noticiários na TV, não posso deixar de me lembrar do último dia 26 de dezembro. Desta vez os EUA foram o alvo. A cidade de Nova Orleans, de maioria negra e de latinos foi devastada pela força da natureza. Mas me vem a mesma pergunta: por que Deus permite coisas como essas?

Assim como as guerras sangrentas que levaram o povo israelita ao cativeiro babilônio nos tempos do profetas, ainda hoje somos alertados de nossos maus caminhos, por termos abandonado aquele que nos dá o sopro da vida.

Precisamos acordar e ver que existe algo mais do que essa vida! Algo além de tudo isso. Veltemos nossos olhos pra Deus.!

segunda-feira, janeiro 17, 2005

Minha calculadora já não suporta tantos números!

Infelizmente os jornais (do ocidente principalmente) deixaram de dar destaque ao desastre natalino ocorrido no sudeste asiático que vitimou mais de 170.000 pessoas e deixou outras tantas feridas, pra falar de coisas mais... "importantes" como o trabalho das tropas americanas no Iraque (lê-se: O interesse americano de dominar o maior produtor de petróleo do mundo), o sucesso nº 1000 de Elvis Presley, Luxemburgo no Real Madrid, enfim, não estou dizendo que o mundo deva se voltar totalmente para as vítimas do Tsunami, mas se os jornais já não dão mais tanta atenção a isso, me resta uma pergunta: e as pessoas, também não?

O que fazer então?

Muitos esforços estão voltados para a reconstrução dos países afetados, especialmente tenho acompanhado os trabalhos em Banda Aceh e vilas da província de Aceh, voluntários enviados pela AME, ONG que há 3 anos atua na região (especialmente indonésia e Timor Leste).

Hoje, ainda há muito o que fazer, muita lama a ser retirada das ruas, corpos ainda são encontrados em meui aos destroços e entulho, centenas de milhares de pessoas feridas precisam de atendimento médico, remédios e cuidado psicológico. A ONG AME (Associação missão Esperança) está concentrando seus esforços nas comunidades no interior de Banda Aceh, onde o atendimento ainda é precário e o acesso ao local só é possível por helicóptero.

Abaixo está uma lista de medicamentos e outros ítens de extrema necessidade:
Os remedios solicitados:
• benzotacil
• vitaminas para criancas
• contra alergia incl. pomada
• antibioticos
• para gastrite

Alimentacao:
• leite para bebe

Coisas:
• sandalias havaianas
• botas de plastico para voluntarios trabalhar no lamaçal tam. 40 a 42
• material escolar (cadernos, canetas, etc.).


DEPÓSITOS no Brasil devem ser efetuados com R$0,51 (cinquenta e um centavos) no final como identificacao do destino SOS AME INDONESIA, na conta-corrente da

AME - Associacao Missao Esperanca
Banco Bradesco
Agencia 2036-2 Jd. Marajoara
Conta-corrente no. 22560-6
CNPJ no. 05.066.986/0001-16
Inscricao estadual: isenta

Doações procedentes de outros paises FORA DO BRASIL devem ser depositadas diretamente na conta-corrente da

Yayasan AME Mercusuar Indonesia
BCA - Bank Central Asia
Cabang Urip Sumohardjo, Yogyakarta, Indonesia
Account no. 4560609600
Bank Swift Code: CENA IDJA
Intermediary Bank Swift Code: CHASUS 33

Favor informar ao depositar.
Enviem por fax o comprovante do deposito no FAX no. (11) 5643-9685.

Mais informacoes, liguem para:
Escritório da AME (11) 5643-9685
Sede da AME (11) 5641-3877
Tesouraria (11) 5522-5722

quarta-feira, dezembro 29, 2004

Não mude de canal

Tragédia? Catástrofe? Castigo de Deus? Ou só mais uma reportagem do Fantástico? Mais uma vez ficamos na frente da TV como espectadores de cenas dignas das melhores super-produções de Holywood. Assistimos às fatalidades dessa semana com um olhar distante, e passamos para a próxima manchete ou continuamos, apreciando as próximas atrações, alheios, objetos e marionetes da comunicação em massa. Mas por favor,

Não mude de canal

Pelo menos ainda não. Até agora mais de 70.000 pessoas foram mortas. Muitas cidades brasileiras são menores que isso. Imaginem, uma cidade inteira sendo engolida, e simplesmente varrida da face da terra em questão de alguns minutos! Outras tantas estão feridas. Tremores sentidos em diversas ilhas da Indonésia causaram pânico e assustaram muita gente, mas imagino o desespero dessas pessoas vendo a água subir e engolindo tudo sem trégua, furiosa e implacável.

O nosso olhar acostumado com cenas desse tipo, em filmes escatológicos que destroem grandes cidades como NY e Los Angeles, não se impressiona mais com toda essa devastação. Mas parei para pensar naquilo tudo. Nas vidas que estavam ali, só com a roupa do corpo cheia de lama, areia e água salgada; sem casa, nem comida e certamente sem muitos de seus familiares. Difícil de imaginar? Então pense comigo: se a costa de Omã e Somália (que estão mais de 4000km distantes do epicentro do tremor) foram atacadas por fortes ondas provocadas pelos 9.0 pontos do terremoto, imagine o terror provocado pelas ondas de quase 30m que tragaram a costa da Sumatra?

Agora desligue a TV

Tente imaginar por um instante o que se passa na cabeça dos indonésios (a maior nação muçulmana do mundo). Esta é, sem dúvida uma das mais importantes oportunidades para demosntrarmos o amor de Deeus por essas pessoas. A começar pelas nossas orações, precisamos clamar em uma só voz pela salvação desse povo.

Mas eu arrisco um pouco mais. Precisamos orar para que Deus levante do nosso meio, pessoas para entrar nestes países e fazer diferença, como médicos, professores, enfermeiros, engenheiros, pedreitos, eletricistas, mas acima de tudo como cristãos verdadeiros cada qual em sua vocação. Muitas vidas aterrorizadas hoje procuram por respostas, procuram por uma razão pela qual continuar vivendo. E nós sabemos a resposta.

Antes de dobrar seus joelhos em oração, lembre-se que Deus poderá recrutar a mim e a você dizendo: "Sai-te da tua terra, da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei." Será que Ele não está nos mostrando essa "terra", nos dando essa tarefa de deixar tudo o que temos aqui e partir para lá, carregando conosco o que pode mudar para sempre aquelas vidas, e a história daqueles países.

Quem, eu?

Sim, você mesmo. Seja você homem ou mulher, novo ou velho, recém-convertido ou experiente na fé. A você dou um aviso: esteja preparado! Não tenha apenas na ponta da língua a frase que diz: "Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos", mas a tenha no seu coração; e dexo-lhes um convite: vivam isso.

terça-feira, setembro 14, 2004

Remix da Fé

Ontém fui assistir ao filme Irmãos de Fé, saí de lá com a lembrança da primeira tentativa da Igreja Católica de recuperar e arrebanahr novos fiéis. Em 2003, a igreja católica, percebendo que o movimento carismático estava cada vez mais se confundindo com as igrejas pentecostais avivadas, resolveu lançar mão de seus recursos e do prestígio de seu maior porta-voz entre o povo para reafirmar-se no cenário religioso nacional. Padre Marcelo Rossi lança-se no mundo cinematográfico juntamente com grande elenco Global para defender Maria a mãe de Deus.

Não sei quantos se deram conta da miscelânea de elementos teológicos, geográficos e culturais que os produtores e roteiristas se meteram, mas uma das coisas que mais me chocou foi ver Cristo sendo cruscificado num belo cenário à beira mar.

Mas ele não foi cruscificado em Jerusalém? Se você também se fez essa pergunta, dê uma olhada em qualquer atlas escolar e localize a Cidade Santa. Quando vi aquela cena tentei me esforçar para aceitar, mas é impossível. Se olharmos do Gólgota para o Oeste, teremos pelo menos 50km de deserto e savana até encontrarmos o Mar Mediterrâneo, e ao Leste uma pequena cordilheira separando Jerusalém do Mar Morto 15km dali, o que torna impossível e catastrófico o infeliz cenário nordestino e praiano do filme de Góes.

Mas a investida da Santa Igreja não pára por aí. O pontificado brasileiro ataca novamente, agora com a história do maior evangelista da história Cristã. Saulo, o perseguidor se converte a Jesus numa experiência pessoal com o Cristo, e passa a pregar a salvação por meio do Filho de Deus, que foi morto na cruz e ressucitou três dias depois. Paulo, agora apóstolo, é apresentado na película como um bonitão sarado – Thiago Lacerda, nada contra, mas que peca na sua interpretação.

A controvertida apresentação dos fatos, colocando Paulo e Tiago frente-a-frente numa discussão calorosa, incluindo discursos dispersos num mesmo diálogo tranformam os "Irmão de Fé" em adversários políticos em ano de eleição. Não me parece que a defesa de Tiago sobre fé e obras foi dirigida diretamente a Paulo naquele episódio de seu segundo encontro com os apóstolos em Jerusalém. Não teria sido para as “doze igrejas dispersas nos quatro cantos da terra” que Tiago dirigiu seu discurso?

Controvérsias e precariedades cinematográficas à parte, a tônica do filme recai sobre o perdão, sobre a possibilidade de uma segunda chance àqueles que desejam ser transformados de uma realidade malígna para uma vida de alegria e possibilidades.

A boa lição que tiro deste filme é: Todos merecemos uma segunda chance.

domingo, setembro 12, 2004

Violência gratuita no horário nobre

Vocês ouvirão falar de guerras e rumores de guerras, mas não tenham medo. É necessário que tais coisas aconteçam, mas ainda não é o fim.” Mateus 24:6 NVI
A noite de domingo dos brasileiros foi mais uma vez impactada por cenas de violência e guerras aparentemente intermináveis num palco onde há milhares de anos o tema em cartaz era paz, alegria e harmonia. O jardim do Edem se transformou num cenário de guerras sem fim, alimentadas pelo interesse político e econômico de nações gananciosas e orgulhosas.

E o povo, desorientado, desesperançoso e frustrado, mergulhados em conformismo se transformam em personagens coadjuvantes de uma história em cartaz ao longo de várias décadas.

Fascinados pela tragédia gratuita, assistimos à morte de um repórter que acordou cedo como todos os dias, e partiu para mais um dia de trabalho, para o qual literalmente deu seu sangue.

O que vamos fazer? O que nós brasileiros temos a ver com isso?

sábado, setembro 11, 2004

Dê pressão, mermão!

Mais uma vez o Usina 21 foi marcado por um grande público jovem que lotou o auditório principal do Mackenzie em São Paulo. Mais de 1000 jovens de várias partes da cidade e de cidades vizinhas puderam se juntar na busca de ferramentas para a transformação de suas comunidades.

"Dê pressão na sua vida, mermão! Faça sentido!" Essa foi a tônica da mensagem de Pedro do Borel, missionário da Jocum num dos morros mais violentos da cidade do Rio de Janeiro. Pedro nos convida a sermos transformados e não simplesmente impactados, lembrando que muitas pessoas participam de fóruns e congressos e saem impactados, mas não se tornam verdadeiros agentes de transformação na sociedade.

Baseando sua mensagem no texto de 2 Coríntios 6:4~10 e 11:23~27, ele conclui afirmando que "privilégio não é andar onde Jesus andou", lembrando que muitos visitantes da Terra Santa se emocionam ao pisar por onde Cristo andou, mas "privilério é deixar que Cristo ande através de você, pisando em lugares onde Ele nunca andou".

E encerra repetindo uma afirmação que constantemente faz em suas pregações, dizendo que "somos a continuação da Igreja do livro de Atos".